Para uma melhor experiência, leiam enquanto escutam a música do vídeo abaixo (e depois podem voltar para assistir)...
As circunstâncias da vida transformou-lhe de feliz criança em uma adolescente rebelde, não essa rebeldia normal pela qual todos passam, mas por uma rebeldia consigo mesma. Não queria ser mais a filhinha, a amiguinha, a garotinha fofinha, a amiguinha... Queria ser mais, queria ser ela, sem tantos inhas. Então decidiu transformar-se e tornar-se um ão, aquilo que chamavam de mulherão, queria que todos a vissem e percebessem que não era mais uma jovenzinha tola, como ela mesma pensava de si. E assim aconteceu, a garota tornou-se mulher, mas ali, em meio a sua grande metamorfose, perdeu-se mais ainda, pois viu que ninguém a reconhecia e nem ela mesma conhecia mais a si.
O caos passou a fazer parte da sua vida, pois percebeu que estava perdendo até mesmo o dom de amar, pegava seus livros que ainda tinha guardado e recordava de quando ouvia suas mãe contar as histórias de Mil e uma noites e de como ela pensava que um dia sua vida também seria daquele jeito, onde no final o amor venceria tudo de ruim que havia acontecido, assim como o Sherazade havia feito com o Sultão Schahriar. Como ela amava aquela história, onde alguém como o sultão, tivesse sido capar de se transformar-se e redimir-se de seus atos por conta do amor... E em meio aquela nostalgia, percebeu que também poderia fazer aquilo, redimir-se e encontrar a si mesma novamente e o melhor de tudo é que não seria só uma história, mas sim realidade, a sua realidade.
E fez daqueles que a rodeavam sua Sherazade, pessoas que a amavam e por quem lutaria para ser uma pessoa melhor. Transformou-se novamente, mas dessa vez fugiu do que e de quem lhe fazia mal, percebeu que seus verdadeiros amigos se contavam em apenas uma mão e ainda sobravam-lhe dedos, mas que esses dedos eram essenciais como os que um escritor utiliza para criar os livros mágicos que a fazia voar e acreditar.
E em meio essa realidade viu-se feliz, pois viu que pela primeira vez na vida não era nenhuma inha, muito menos ão, era simplesmente ela, uma pessoa capaz de viver o presente e fazer-se presente na sua própria história, que como ela ansiava, sabia que duraria mais do que mil e uma noites e no final das contas também teria seu final feliz...
Música: Mariage D'amour - George Davidson <3
Vídeo (que foi escolhido por ser apaixonantemente lindo): Youtube, canal selena amelie
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