segunda-feira, 23 de maio de 2016

Adulto ou Robô?

   Tô naquelas fases onde tenho a necessidade de que as pessoas sintam a minha falta, onde quero que alguém me abracem sem motivos, que um estranho qualquer me pare no meio da rua e me dê bom dia, ou então me pergunte as horas e depois diga obrigado, só para que eu me sinta útil.

    Tô numa época de sentir saudade até mesmo das broncas da minha mãe, como as que ouvia há um tempo atrás, quando prezava tanto por liberdade, sem saber que aquela era a época que eu mais a possuia. Tô numa fase que só necessito relembrar a minha existência, quero ter de volta só um pouco daquela histeria, de viver tudo da forma mais intensa possível, necessito sair do meu casulo de conformismo, onde a liberdade que pedia para minha mãe hoje é tão ignorada.

   Lembro-me dela tanto falar, "Quando puder fazer tudo, você vai está cansada e não vai querer fazer nada" e não é que ela estava certa. Parece que tudo que é proibido tem um toque especial, ou isso, ou realmente a idade e a monotonia da vida vai deixando as pessoas bem chatas e as transformando no que eu mais temia ser quando era criança: ADULTA.


Série Humans

   Lembro-me que naquela época sempre dizia a mim mesma "Quando for adulta, serei diferente", pois é, aqui estou eu, fazendo a mesma coisa, da mesma maneira de todos os outros, como se fosse um robozinho programado a esquecer as alegrias da vida, um desses que constrói um domo ao redor de si, que lembra de tanta coisa, mas que esquece o maior intuito da sua vida, ser feliz.
 

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